Muito importante é ter a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB -, por sua específica comissão, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar, instituído a Semana Nacional da Vida, celebrada de 1 a 7 de outubro, a cada ano, e destacado o dia 8 de outubro como o Dia do Nascituro.
Muito importante porque a nós católicos, e a todos os demais irmãos e irmãs de outras opções religiosas, e demais pessoas de boa vontade, ainda que não professem qualquer fé, o compromisso com a vida desde a fecundação até o seu termo final é a expressão mais nítida da existência mesma.
Como existir, sem viver?
Para nós, cristãos, é tornar real e eficaz o ensinamento de Jesus, o Deus-Amor, que por ser Amor não é solidão, mas perene comunicação, claramente expresso em S. João , quando em boa nova diz:
“Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham
em abundância.” ( Jo. 10, 10 ).
A adesão a Jesus compromete-nos com a vida, e a vida em abundância, ou seja, sem que seja considerada, em equivocada compreensão redutiva, em tal ou qual momento das etapas do existir, mas do existir, por inteiro, desde o ato de fecundar, que significa receber o código genético, único e irrepetível, como ser humano e, no ventre materno, autodesenvolver-se, até a morte natural.
A vida em abundância conduz-nos, também, à experiência cotidiana da partilha.
Viver em abundância jamais significa o acúmulo solitário e egoísta de bens, tão à moda da sociedade secularizada em que vivemos, mas a possibilidade real de que a todos é o oferecido o banquete da vida, e em todas as suas dimensões: material e espiritual.
À leitora e ao leitor, ofereço poema, que escrevi, por ocasião de momento em minha vida em que lutei pela vida de todos nós, desde quando embriões.
Eis o poema:
O QUE TODOS SOMOS
I
Ainda tão imperceptível
por todos,
mesmo por quem o acolhe,
todavia é.
II
Desde a fecundação,
expressão própria da união
livre ou constrangida
de quem inexoravelmente pai e mãe,
todavia traça seu itinerário
na construção, desde então,
autônoma
do que é.
III
Movimenta-se em ciclos
mais ou menos incessantes,
todavia contínuos,
porque experimenta
o silêncio da madrugada escura
que o conduz ao nascer
à festa de cores e luzes,
convite ao crescer,
o deixar-se em suspiro último,
possibilidade de transcender
além do que é.
Paz e Bem.
Amigo Cláudio, recebi seu blog, cadastrei-me como seguidor - "Coisa de Naval". Parabéns. Gil
ResponderExcluirEstimado amigo, eterno professor.Já sendo seguidora de seus passos e seus ensinamentos em outras áreas, muito me alegra contar com a direção segura de suas palavras, fruto da grande benção de colocar a vida nas mãos do Nosso Senhor Jesus Cristo! Parabéns! Conte com nosso apoio, Adriane e Wilton
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