Impossível não voltar a se perturbar,
a se revoltar, com as cenas reproduzidas de corpos infantis dilacerados e
mortos, com os gritos lancinantes de dor de tantos corações femininos, de
esposas e mães, com os olhares, vazios e perdidos de anciãos, que em ciclo
final da existência humana vagam porque tudo o que construíram foi-lhes tirado.
Deparo-me com as palavras do Papa
Francisco na sua admirável Exortação Apostólica, “A Alegria do Evangelho”:
“49. Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus
Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que muitas vezes disse aos
sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada, ferida
e enlameada por ter saído pelas estradas a uma Igreja enferma pelo fechamento e
a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja
preocupada com ser o centro, e que acaba presa em um emaranhado de obsessões e
procedimentos. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a
nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz
e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os
acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar,
espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma
falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos
hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão
faminta e Jesus repete-nos sem cessar: Dai-lhes
vós mesmos de comer. ( Mc. 6, 37)”. ( leia-se: A Alegria do Evangelho – nº
49 – pg. 42/43).
Necessitamos já, com
urgência, e cada vez mais universalizarmos o bem.
Universalizarmos o bem
não é sair à cata de adeptos, ou fazer proselitismo, ou ditar as normas em que
nos sistematizamos.
Universalizarmos o bem
requer, de plano, o olhar completo para nós mesmos e, então, nos questionarmos:
reduzo-me, exclusivamente, aos interesses pessoais do trabalho a conquistar e
de posições a galgar, ou aos frutos do trabalho conquistado no deleite do tanto
que agora posso ter? A mim, não me interessam questionamentos e posicionamentos
comunitários, comprazendo-me, estritamente, com os “meus”: familiares e círculo
de amizade onde gravito, ou que gravitam em torno a mim? Enclausuro-me nos meus
“dogmas” e a quem quer que os contradiga, enfureço-me, sou capaz de agredi-lo,
verbal e mesmo fisicamente, incapaz de oferecer-me em diálogo?
Talvez você, leitora e
leitor que até aqui tenha tido a benevolência de ler o que estou a escrever, encerrará
a leitura agora, quando lhe digo que se nós nos autorreferenciarmos, nos
absolutizarmos, nos padronizarmos nos rituais do cotidiano, por esse modo nós
alimentamos o estado de coisas, que motivou o primeiro parágrafo deste artigo.
Todos nós, vivendo,
colocando concretamente em prática, os carismas - dons do Deus-Amor que não só
Se entrega por nós, mas, graças aos carismas que Ele nos dá, assim nos capacita
para a transformação do mundo em que estamos - pomo-nos em “estado permanente
de missão” (Documento de Aparecida – nº 551), vale dizer: construtores somos da paz e do bem.
Um comentário:
Impossível mesmo ficar indiferente
Dr.Fonteles...guerras não importa porque.
Todos sofrem,mas uns sofrem mais,
parece que nunca tem fim.
É difícil,as pessoas precisam de paz
aprender como a paz é importante, então as pessoas buscam as guerras,
Parece que com essa fuga das pessoas
para outro regiões, chegou a vez de
dizer:eu quero fugir de quem não quer a paz, eu preciso viver minha vida a vida é temporaria e eu preciso de paz para entender sobre
a vida,sobre mim,sobre meu criador,
Não posso me dar ao luxo de desperdiçar minha vida,não é certo.
Se cada ser humano buscar a paz de verdade,então o mundo também buscará a paz,encontrará a paz e viverá em paz,pois o mundo é reflexo de nós...
Pedro Lord.
Postar um comentário